terça-feira, 24 de junho de 2014

Foi há muito tempo implementado nas nossas vidas o que é soposto nós termos delas, o que é suposto acontecer e como tem que acontecer. Esqueceram-se de avisar que isso não é possivel, a vida é a coisa mais imprevisivel e desigual que eu alguma vez vi e o que é suposto nunca é o que acontece. Vivem a vida a dizer que é preciso amar e o que está certo é ter uma pessoa ao lado, que se não acontecer a culpa é nossa e somos nós que não somos o suficiente para o mundo, esqueceram-se que alguns corações precisam de ar e que não mal nenhum nisso. Dizem também que o certo é seguir a sociedade, seguir as modas, fazer, dizer, pensar como eles, sabe-se lá quem. Esqueceram-se que certas vidas não nasceram para seguir o rumo, certos cerebros nasceram para pensar, certas pessoas nasceram para criar e não usar. 
Esqueceram-se que a vida é louca e o que é suposto não é o certo para alguns corações.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

1º Carta dela

Um dia prometi escrever-te, e aqui estou eu para cumprir essa promessa.
Bem, vou começar por querer saber de ti, passou uma eternidade desde a ultima vez que falei contigo- já para não falar da ultima vez que te vi..- pergunto-me inumeras vezes por ti, como estarás, o que estarás a fazer, com quem estarás.. Será que conseguiste tudo o que querias?  Ainda me lembro dos teus sonhos, será que ainda são os mesmos? Os teus olhos ainda brilham pelas mesmas coisas ou encontraram novo rumo?
Gostava de um dia te encontrar por aí, não sei se te iria conhecer, porvavelmente não, nem tu a mim.. Não é que tenha mudado muito, aliás, nada, mas não sei se estarias atento à minha presença para ainda me conheceres.... Pode-te parecer absurdo mas quando ando na rua quase sempre penso na possibilidade de te voltar a ver, não me aches maluca, mas tu sabes (ou não sei se ainda sabes) como sou, as pessoas que entram na minha vida só saiem presencialmente, nunca emocionalmente. E tu permaneces ali, já não no mesmo sitio de quando saiste, mas ainda ocupas um lugar de muito prestigio, devo dizer-te. É por isso que gostava de te encontrar, falar um pouco, não reviver passados, apenas falar-te de mim e ouvir falar de ti. Como sou sonhadora e optimista ainda acho que isso um dia vai acontecer, afinal a cidade não é assim tão grande, mas tem parecido!
Qualquer das maneiras vou-me ficar por agora por esta carta.
Vou-te falar um pouco de mim.. Bem, passaram-se quê?... Dois anos? Penso que sim, e se queres que te diga têem sido os mais atribulados da minha vida. Saiste dela de uma forma que eu não queria e depois voltaste mas nunca foi a mesma coisa, acho que te magoei e por isso nunca voltaste igual, quero também pedir-te desculpa por isso. Não quis magoar-te, mas pensei que nada do que eu te pudesse dizer sobre aquele assunto te iria afetar, pensei que já tivesses seguido em frente, como aparentavas e eu tentei fazer o mesmo e fiz, mas ainda penso muito nas palavras que me disseste naquela noite e de como tudo podia ser diferente se eu tivesse dito outras que não aquelas que disse, poderia ter salavado alguma coisa? Talvez, mas iria magoar outro alguém e quem sabe a mim mesma. Não vale a pena pensarmos nisso, já passou e tu agora seguiste mesmo em frente e eu fico contente por isso. A minha vida amorosa é um desastre mas fico muito feliz por ao menos a tua ser boa! Mas bom, vou começar então por aí, pela ultima vez que falamos, como soubeste começei a namorar com esse rapaz, não podia ter sido mais desastroso, penso que forçamos tudo de mais, forçamos sentimentos que talvez nunca tenham existido das duas partes. Acomulavamos muitas situações até que um dia não deu mais. Magoamo-nos mutuamente e assim acabou. Partilhamos o mesmo espaço académico e só por isso ainda nos falamos mas não vou negar a mágoa que existe. Sou uma pessoa muito sonhadora e muito pouco realista por isso ainda acredito no amor puro e no que eu ainda tenho para viver, acho que isso um dia também chegará à minha porta.
Mas como a vida não se faz só de amor, ao longo deste tempo também, como soubeste, me foi diagnosticada uma doença, um pouco delicada e que teima em não estabelizar e em dar-me problema nas alturas erradas. Mas por incrivel que pareça, lido bem com ela, o meu optismo não me deixa ir a baixo, a ingenuidade que guardei levanta-me sempre, dizendo-me que ainda há esperança, há sempre esperança e sempre corre tudo bem, é preciso paciencia, mas acredito que as coisas boas não me deixaram assim. Até porque tenho tudo para sorrir, e sorrio. Não estou de todo sozinha a lidar com isto, e agradeço por isso, e tenho a certeza que tudo correrá bem!
Em relação a mim, interiormente.. Posso dizer-te que não mudei muito, apenas cresci, mas continuo com os mesmos sonhos, com o mesmo brilho pelas mesmas coisas e a tentar com tudo o que tenho pressegui-los! Continuo com o meu coração a abarrotar de sentimentos e de emoções. Já não sou a menina de 18 anos que deixaste, penso que agora sou uma mulher de 20 mas nunca perdi a minha força de viver e a minha ingenuidade que tanto preservo para ainda ver coisas boas no mundo.
Estou bem, e acredito que todos os dias vou ficando melhor e acredito num futuro sorridente.
Não me vou alongar mais...
Espero resposta, mas se ela não vier eu compreendo, passou-se muito tempo.
Continuo a acreditar muito em ti, como acreditava.
Assim me despeço, até um dia, ou até à tua resposta...
Um beijinho enorme!
PS: Espero que a tua familia esteja toda bem, penso muito neles também.
Cuida-te,
Joana